18 setembro 2013

Cabelos e mudanças.




Oi gente! Como estão? Depois de um bom tempo( e eu peço desculpas por isso) eu - Vica - estou postando aqui, mas é que eu venho procurando algo pra falar aqui desde o meu último post e bem, agora eu achei! (Eu ouvi um amém, irmãos?)

Ontem finalmente, depois de três anos, eu finalmente cortei meu cabelo. Não, antes que você pense, eu não estava que nem aquelas irmãs daquelas igrejas com o cabelo batendo na cintura ( na verdade, estava só um pouquinho mais pra cima) e eu não estava aguentando mais meu cabelo. Como toda mulher, eu tenho essa fase de odiar meu cabelo e amar meu cabelo, mas de uns tempos pra cá, a fase boa não estava acontecendo mais. Meu cabelo é muito fino e muito liso(obrigada genética), então ele embaraçava muito fácil. E não era daqueles nós básicos, era daqueles que grudava embaixo do cabelo e ia se juntando com outros nós até eu perder a paciência. Pra vocês terem uma ideia, eu já quebrei uma escova tentando desembaraçar. 

Agora o motivo pra eu não ter cortado é bem idiota: Eu tenho medo de mudanças. Sim, de qualquer tipo, inclusive com meu cabelo. Eu tenho o péssimo hábito de que pra eu fazer QUALQUER, eu disse, QUALQUER coisa, eu tenho que pensar umas mil vezes antes. Eu estava com medo de cortar meu cabelo e ficar parecendo uma calopsita, de modo que faltando 15 minutos para eu ir para o salão eu fui procurar um corte de cabelo. Entrei em vários sites, pesquisei no google até que eu achei e o corte que eu escolhi era bem diferente do jeito que eu estava. Eu pensei bastante e liguei o botão do "foda-se" e fui toda confiante pro salão. Só que quando eu entrei, pareceu que toda aquela confiança ficou do lado de fora. E minha mãe estava pintando o cabelo e eu fiquei sentada na cadeira pensando se eu iria fazer uma mudança grande ou ia só aparar as pontinhas. Mostrei a foto do cabelo que eu queria e a cabeleireira disse dava pra fazer. Era a hora da decisão. Eu olhei pra mim mesma no espelho e percebi que eu merecia aquela chance, merecia parar de ser tão paranoica e deixar as coisas acontecerem na minha vida. 

Eu precisava deixar meu cabelo mudar, assim seria o começo para uma série de mudanças que eu precisava deixar acontecer e eu nunca deixei. Sempre tive a necessidade de tudo ser sempre do mesmo jeito, sempre da mesma maneira e eu sempre pirei quando algo saía errado.  Talvez isso seja algum mecanismo de defesa, mas só eu indo ao analista pra saber.

De qualquer jeito, ontem eu entendi - e ainda estou entendendo - que se eu não deixar as coisas acontecerem, deixar mudanças acontecerem eu vou acabar perdendo muitas coisas na minha vida. Muitas oportunidades que eu teria para fazer uma coisa legal e eu nunca fiz por medo de algo dar errado. 

Problemas sempre vão acontecer, afinal, nós viemos para esse mundo para passar por eles, mas não é evitando um problema que outros vão deixar de aparecer e eu estou começando a aceitar isso. A mudança é devagar - ainda mais pra mim que não gosta delas - mas eu quero que isso mude, quero deixar de ser tão medrosa e curtir as coisas que a vida me oferece sem pensar demais.

Então, se você for igual à mim, comece com pequenas mudanças, faça aquele corte de cabelo que você nunca teve coragem de fazer( o que foi meu caso), experimente aquela roupa que você sempre quis experimentar, mas nunca teve coragem, vá para aquele lugar que você sente muita vontade de ir, mas nunca foi por falta de tempo. Se comporte do jeito que você sempre quis se comportar, mas nunca fez isso porque tinha medo do que os outros iriam pensar. 

A vida é curta demais para vivermos sempre tão regrados, quando você se dá conta, já está velhinho e sem vitalidade nenhuma. Será que quando chegar essa hora você vai ter boas recordações sendo que viveu a vida toda com medo?

Pense nisso e depois me conta o que aconteceu! 

Beijos e fiquem com Deus!

(P.s: Pra quem ficou curioso de saber como era meu cabelo, aqui está ele antes, ele era bem grande e aqui está ele agora. Bem melhor agora, não é? :D )
 

16 setembro 2013


Oi, gente. Há semanas eu não posto aqui e confesso que fiquei cobrando a mim mesma por isso e ao mesmo tempo também me culpei.
Sei que faltei com vocês aqui, mas me perdoem.
Mas bem, vamos ao que interessa. 
Estou postando isso um pouco tarde, mas o fato é que eu fiz um passeio para Itaúnas nas férias de julho e super adorei o local. É bastante tranquilo (isso, é claro, quando não está na alta temporada ou na semana do Forró Itaúnas) e agradável. 
Eu já havia ido lá quando tinha 4 anos, mas agora que voltei percebi que algumas coisas mudaram. Não muitas. 
O fato é que quando você é criança e vai a algum lugar, você pode até não se recordar muito bem dele. E bem, esse não era o meu caso. Eu me lembrava muito de lá -claro que certas coisas ainda estavam apagadas de minha memória- , mas tinha certeza que havia mudado. Afinal, tudo muda. Não é mesmo ?
Mas vamos lá. 


De acordo com a Wikipédia,   ''Itaúnas é um distrito do município de Conceição da Barra, no Espírito Santo . O nome Itaúnas é um topônimo de origem tupi que significa "pedra negra", através da junção dos termos itá = pedra e un = negro . O nome lhe foi atribuído em alusão às pedras negras do fundo do Rio Itaúnas, que margeavam a antiga vila.
Sua sede é uma pequena vila turística, muito famosa por suas praias, pela paisagem marcante das Dunas de Itaúnas e pela tradição do forró pé-de-serra.''

Bem, saindo de Vitória -no Espírito Santo- e indo para Itaúnas, eu gastei aproximadamente 6 horas de viagem.  Mas isso considerando o fato de que fiz uma parada para lanchar e outras duas ou três para ir ao banheiro, sem contar no engarrafamento que peguei pelo meio do caminho -fiquei parada mais ou menos uns 30 ou 40 minutos.
Se alguém for, eu recomendo que façam uma parada em Ibiraçu para comer um pastel -que por sinal é maravilhoso.  

Se você for em alta temporada, acho melhor dar uma pesquisada antes nas pousadas e já reservar sua vaga -o que não foi o meu caso, já que fui uma semana após o término do Forró de Itaúnas

Bem, a grande beleza de Itaúnas são as dunas.  E por falar nelas, deixem-me contar uma pequena historinha para vocês.
Ou melhor, recorramos a nossa grande amiga de todas as horas.  Wikipédia, sua linda, vem cá.

''A Vila de Itaúnas surgiu por volta do século XVIII em decorrência da derrubada da mata nativa, abundante na época. Algumas pequenas casas foram construídas do lado direito do Rio Itaúnas, que deu nome a vila.
A vila possuía uma pequena faixa de mata que a separava do mar. Era essa vegetação que segurava o avanço do lençol de areia que se movimenta constantemente com a ação do vento Noroeste, muito comum no norte do Espírito Santo. Com a derrubada dessa faixa de mata, entre as décadas de 1950 e 1970, a areia avançou sobre a vila, soterrando-a. Hoje restam apenas algumas ruínas que podem ainda ser observadas de tempos em tempos.
Enquanto a vila era encoberta pela ação da natureza, a prefeitura de Conceição da Barra adquiriu terras do outro lado do rio, pertencentes a Teófilo Cabral da Silva. Ali uma nova vila foi erguida e lá se encontra até hoje.
A Vila de Itaúnas é um local extremamente bucólico, com ruas de barro e casas simples, mas muito conservadas. Há iluminação pública e água tratada e encanada, servindo toda a vila. O povo é hospitaleiro e receptivo, sendo bastante comum se deparar com "nativos" ensinando passos de forró a turistas de todo o mundo, especialmente na alta temporada''

Cheguei lá pelas 15 horas, então almocei e fui para a pousada. Tive aproximadamente uns quarenta minutos de descanso, arrumei-me e segui em direção as Dunas.

Dunas de Itaúnas


As Dunas são incríveis, é verdade.  Muitos podem pensar que é apenas areia, mas o fato é que realmente é encantador. 
Só o fato de caminhar com os pés na areia e sentir o vento batendo no nosso corpo é incrível.
Na minha opinião a praia não é nem um pouco bonita.
Ah, também tem o Rio Itaúnas, que por sinal devemos dar uma volta de canoa nele. 
Segundo o moço que nos guiou, lá tem jacarés -não preciso nem comentar que eu morri de medo, não é mesmo?- e é bem profundo.
E bem, ir à Itaúnas e não passear no rio, é a mesma coisa que ir ao Rio de Janeiro e não conhecer o Cristo Redentor e/ou o Pão de Açúcar.



Rio Itaúnas


Rio Itaúnas

Pra chegar até as Dunas também há outra opção, que são duas trilhas.
 Em uma delas você caminha por uma trilha de verdade e depois sobe uma duna enorme.
Já na outra você anda pouquinho e logo precisa subir uma duna gigante.
Fiz as duas. Então concluo que a melhor trilha a se fazer é a trilha maior.

Entrada da trilha












Praia





Pôr do Sol











Então é isso gente.  Espero que tenham gostado.
Beijinhos da Ju.
















12 setembro 2013

Um papinho sério

Hi guys! i'm here depois de muito tempo.

Não sei muito bem o que falar ,mas eu sei que eu quero falar, confuso não?(também não me entendo)
. Sabe aqueles dias em que você tá meio pra baixo e precisa de uma fofoquinha com ás amigas? (é hoje vocês vão ser ás minhas amigas). Mas eu quero pegar um assunto meio que desconfortável para algumas pessoas, esse assunto é:

Bulimia e Anorexia.

Assuntos muito complicados não? Primeiramente vamos á nossa linda Wikipédia.

A Anorexia é uma difusão alimentar, caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar ( baixo peso corporal ). A anorexia é uma doença complexa, envolvendo componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. Uma pessoa com anorexia nervosa é chamada de anoréxica (português do Brasil) ou anorética (português de Portugal).

A Bulimia é um transtorno alimentar caracterizado por períodos de compulsão alimentar seguidos por comportamentos não saudáveis para perda de peso rápido como induzir vômito (90% dos casos), uso de laxantes, abuso de cafeína, uso de cocaína e/ou dietas inadequadas.Diferencia-se da anorexia nervosa por envolver grande variação de peso, descontrole alimentar frequente e estar mais associado a depressão maior.Enquanto a vítima de anorexia nervosa está mais associado com uma magreza excessiva, longos períodos sem se alimentar e transtornos de ansiedade.

Conheço alguns casos (não pessoalmente) que simplesmente me deixaram pasma, a garota(o) chega a um estado caótico que o corpo dela(o) não aguenta mais. Eu tenho minhas gordurinhas, minhas inseguranças (muitas na verdade), pessoas me criticam, aposto que fazem as mesmas coisas com você, eu sei porque é simplesmente a sociedade, não posso dizer que não ligo pois eu ligo sim. Eu ligo muito em manter a tensão longe de mim, em ser engraçada, em fazer uma pessoa feliz. Não adianta você tentar ser perfeita, não vai dar certo porque ninguém é perfeito. Seja simplesmente você mesma com suas inseguranças, suas gordurinhas, seus toc's, suas mania.

Não se sinta feia porque você não é, você tem muito o que viver, vai mudar, vai criar lembranças e se sua insegurança é por causa de um ídolo ou um garoto comum, se é pra acontecer vai acontecer. Eu sou fã do One Direction meu fave é o Harry e sim eu sonho que eu vou casar com ele e ter filhos e daí faz parte da vida, minha mãe sonhava com os garotos dos Menudos e tá aí casada com três filhos (casada não com os caras do Menudos, é claro).

O que é seu tá guardado! 

(agora vou parar de encher o saco)

Até o próximo post guys!
beijocas Liz <3


05 setembro 2013

ADVENTURES IN WONDERLAND – PARTE 2

                                                                                                     Por Bruh.


348. 10:00. 1. 12:20. 4. 2016. 6. 60000.  3. 40. 1. 2. 5. 9. 2. 5. 6. 28. 10. 4. 6. 7. 21:30. 7. 11:20. 2. 20. 150. 100.

Não, eu não fiquei maluca. Nem o blog. E, não, esses números acima não são um código ultra secreto, embora se fossem, ia ser muito legal. Não é um segredo. É, no máximo, uma brincadeira. Uma maneira legal que eu encontrei de começar esse texto. E, bom, cada número será explicado.
348 era o número do ônibus que eu e minhas amigas deveríamos pegar, que nos levaria direto até a Bienal. Só que as 10:00 da manhã daquele dia chuvoso, depois de pegar a linha 1 do metro, nós decidimos entrar numa linha qualquer que estava em seu ponto final.
Grande erro. Ele deu a volta por toda a zona Sul e só fez uma parte do trajeto. Ao 12:20 estávamos saltando no terminal Alvorada, a espera de alguma das 4 linhas de ônibus que tinham uma placa escrito: “Esse vai até a Bienal!”
Vou abrir um parênteses aqui para exclamar minha indignação. Durante toda a viagem nós encontramos erros estruturais absurdos e nossa mútua desculpa para tudo aquilo era um simples e desolador: “Isso é Brasil!”
Para quem não sabe, é ali pertinho do Rio Centro (onde ocorre a Bienal) que será o centro das Olímpiadas do Rio de Janeiro, em 2016. A maioria dos locais desportivos e a própria “Cidade Olímpica”, onde ficarão os atletas. E qual o mínimo que você espera, por esses motivos? Um sistema de transportes basicamente regular. E, surpresa, não tem!
Há uma escassez de ônibus que vão até lá. Seja da zona norte, da zona sul, da oeste e até mesmo do centro da cidade. Pelas minhas contas, no máximo, 6. Sem contar nas milhares da volta que você dá, não bastasse o trânsito. E eles demoram a aparecer. E estão sempre cheios.
“Ah, vá de carro, então!” E pegar um trânsito infernal? Porque qualquer hora, qualquer dia, vê-se uma imensidão de carros, escuta-se o barulho insistente das buzinas. “Ah, está em obras” Então não faça um evento do porte da Bienal lá! Ponto.
Tem-se uma estimativa de que se recebe 60.000 pessoas lá por dia. Desculpe-me, mas isso para mim é inadmissível. E eu posso até brincar falando que “País rico é país com Bienal do lado da minha casa” (o que seria ótimo, diga-se de passagem); mas é ridículo eu demorar 3 horas – isso mesmo, mais que uma viagem para a Região dos Lagos - , num percurso de 40 a 60 minutos.
Então, fica a pergunta, o que nossos governantes têm na cabeça ao colocar a base das Olimpíadas em um local que claramente não tem qualquer estrutura para suportar? Não precisa ser vidente para prever o caos.
Mas, deixemos as Olimpíadas para um outro post. Na Bienal, fomos logo a Editora Intrínseca e demoramos lá um pouco mais de 1 hora, entre fila para entrar, escolha dos livros em promoção e fila novamente para pagar. Os preços em promoção eram 2, 5, 9 reais e era engraçado como todas as pessoas, me incluindo, tinham a mesma reação ao deparar-se com os preços: exclamavam, com os olhos brilhando, maravilhados, é só 2 reais! E repetiam como se está fosse a senha para acordar daquele sonho.
 Um sonho mesmo. Um mundo mágico. Um dia passando fome na escola e você repõe o dinheiro gasto naquele livro. Com esse mísero valor não se compra nem uma Coca, que lá estava custando 5 reais, mais caro que muitos livros por ali. Aliás, não caiam na furada de deixar pra comprar algo para comer lá. Os preços são exorbitantes, ainda mais comparados aos livros em promoção.
No fim, saí com 6 livros da editora, pagando somente 28 reais. Parece irreal, não? Quando normalmente pagamos este valor por um só livro. Todavia, há livros que estão com seu valor real, principalmente os famosos, novos, que estão “na moda” e afins. Então, para economizar – porque, sinceramente, eu não perdi tanto tempo no ônibus para pagar a mesma coisa do que pagaria na Saraiva – você tem que garimpar. Tirando a Editora já citada e outras raras exceções, como a Arqueiro, fuja das mais famosas, vá em estandes “inespecíficas”, siga as plaquinhas de “Promoção” e descubra livros desconhecidos e baratos.
Agora, uma coisa realmente irritante foram os 10 (ou seriam centenas?) de gritos que emanavam no pavilhão. Os boatos pulavam como pipoca: Caio Castro? Anitta? Não sei. Sei que metade daqueles gritos eram só estudantes em excursão segurando cartazes “Abraço Grátis” e atrapalhando quem queria comprar. Fala sério, não é lugar, né.
4 horas era o horário que, anteriormente, estipulamos para sair. Devido ao nosso atraso na chegada, só saímos às 6. Horário de Rush. Como minha amiga exclamou durante toda a viagem de volta, desde que entramos no ônibus por volta das 7, “somos loucas”. E, não posso discordar. Somos loucas. Por livros.
Às 21:30 eu saltei do ônibus, ainda um pouco longe da minha casa. Sorte que meu pai nos salvou com uma carona. Finalmente parada, sentada e relaxada pelo fim próximo da aventura, a tensão do meu corpo se desfez e a dor apareceu. 7 lugares do meu corpo doíam. Fui dormir às 11:20 da noite, tendo aula bem cedo no dia seguinte.
Comprei, em 2 dias de Bienal, 20 livros e gastei um pouco menos de 150 reais. O último número, 100, é a porcentagem de satisfação e felicidade que toda essa aventura me trouxe.

 xx
Bruh

Obs: Ainda falarei sobre os livros que comprei lá!

02 setembro 2013

Adventures in Wonderland – PARTE 1



Hey! Bruna aqui.

Antes de tudo eu queria informar que eu deveria, no momento, estar estudando para minhas provas de física e de desenho geométrico, que acontecerão amanhã. Só que eu estou tão – E coloca intensidade aí – tão vidrada em um livro que eu achei melhor ser produtiva, já que, e vir escrever no blog.
Não que ler não seja produtivo. E não que física seja de alguma forma produtiva. Não é. Ela só foi criada para atrapalhar nossas vidas. E nessas horas que a gente tem que estudar essas matérias maravilhosas – olha a ironia transbordando – geralmente tudo se torna interessante. E, o que já era, por si só, interessante, decola até o espaço no satélite do fascinante.
Como o livro. Mas, mesmo que eu não tivesse nada para fazer – o que, com certeza, eu agradeceria – eu amaria esse livro. Não, pera, Caps Lock serve muito bem para isso: AMARIA. Eu estou amando. AMANDO.
E, finalmente, chego ao ponto de explicar o por que do título. O livro em questão foi comprado na Bienal! E, apesar de ficar cinco horas na fila por N. Sparks me deixar plantada lá, por toda a desorganização e tal, a bienal é algo de outro mundo.
Eu, você, os amantes da leitura em geral, se sentiriam no paraíso. E eu nem sei se o paraíso existe de verdade, ou como ele é, mas ter livros em minha volta me parece bom demais. E lá são tantos, tão diferentes... eu acho por si só encantador o fato de ver tanta gente ali, com sorrisos de orelha a orelha, por um pedaço de papel.
E não quero, por isso, desmerecer o livro. Quero, sim, desmerecer a nossa cultura que incentiva a televisão – o emburrecedor nacional -, que desmerece, oculta, ignora essa vastidão de livros. E eu não sei como é nos outros países, mas, aqui, temos tantas obras-primas escritas completamente deixadas de lado. Não estou falando dos clássicos de Machado de Assis ou de Paulo Coelho – que segundo minha prova de inglês vendeu 150 milhões de livros em 150 idiomas diferentes -, estou falando daquele cara lá de Brasília que tem 30 anos recém completados – ou nem isso. Estou falando daquele brasiliense que se aventurou em São Paulo só com o sonho do livro, que compartilha o mesmo nome do meu pai, que escolheu o nome do meu melhor amigo para ser protagonista de sua história.
Esse cara realmente existe. Ele se chama Ronaldo Cavalcante e publicou o romance “Cinco Luas”. Eu comprei na bienal por dez reais, com 504 páginas. E é nacional! É um cara que eu posso encontrar na esquina, que trabalha arduamente pra conseguir se sustentar, porque 1% (dados do IBB: Instituto brasileiro da Bruna) dos escritores se sustentam só com seus livros. E o mais legal desses livros, de maneira geral, é que se pode reconhecer o que é relatado – como em um dos livros do Jô Soares, que minha rua aparece *-* - e, vai, consegue-se pronunciar os sobrenomes! (Tem cada sobrenome impossível de se falar em livros estrangeiros...)
Então, a Bienal é inclusão. Livros mais baratos. Ok, tirando o fato de que o local é no fim do mundo e se gasta de Ônibus no mínimo dez, quinze reais pra sofrer – porque transporte é algo lindo nesse Brasil -, é tão... legal. É essencial. É mais do que levar escritores famosos ou poder se vestir como a princesa do livro “A Seleção” (sim, gente, PODE!), é disseminar a cultura dos livros. Porque é assim que se constroem cidadãos cultos, críticos, conhecedores. E, porque não, sonhadores?
Xx
Obs¹: Sou má! Não falei o nome do livro que me apaixonei de propósito. Não, não foi o nacional citado – ainda não tive tempo de lê-lo! Citarei o livro – que com certeza será meu TOP 10 no próxima parte. Aliás, lê aí o obs²!

Obs²: Esse texto vai ter parte 2 e, quem sabe, parte 3. Eu vou a bienal de novo na quarta, então, mais livros, mais aventuras, mais coisas para escrever!


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